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Feminologia: a nova tendência da medicina que trata a mulher

março 6th, 2010

O médico feminólogo transcende aos cuidados orgânicos e diagnósticos preventivos, oferecendo um caminho de auto-entendimento e autopercepção para a transformação feminina.

Na medicina existem diversas linhas de trabalho, que se adaptaram na cura de doenças de seus pacientes com o passar dos anos. Constantemente, são divulgados novos estudos e novas técnicas, mas a atenção à individualidade do paciente é o que diferencia os profissionais e suas linhas de atuação. A feminologia tem a feminilidade como valor máximo da mulher contemporânea, com características hormonais, comportamentais e físicas. Além disso, é levado em conta, reconhecer os desvios que causam algumas “doenças” como a tensão pré-menstrual (TPM), depressão pós-parto, depressão no climatério e até disfunções sexuais.

Em 1985, um grupo de médicos de São Paulo iniciou um estudo para tratar a mulher contemporânea unindo o que é aprendido nas faculdades de medicina às teorias da psicologia, aos estudos psiquiátricos e até mesmo a dados antropológicos. Surgia, então, a feminologia que até hoje desperta curiosidade em profissionais e, principalmente em pacientes ávidas por um tratamento diferenciado.
As mulheres de hoje são tão diferentes de suas ancestrais que, somente os conhecimentos da ginecologia clássica ou da psicologia, não dão conta de seu entendimento e atendimento adequados. Os estudos do século passado, que geraram a ginecologia, não tratavam dos males de que sofrem a mulheres atuais: vida competitiva no mercado de trabalho, stress, número menor de filhos, expectativa de vida ampliada.

É importante entender a mulher como um ser complexo e que é resultado do quociente hormonal aliado ao emocional e ao racional. Esta somatória determina inúmeras transformações e alterações no corpo, no humor e no comportamento. Muitos profissionais tentam fazer com que as mulheres não ‘sofram’ com seus hormônios e, para isso, tentam anular suas funções eliminando, assim, a essência e o instinto de feminilidade.

A medicina precisa entender a mulher como um ser totalmente diferenciado e não pode ser tratada como um homem. Na mulher temos que lidar com a menstruação, a gestação, o pós-parto e a menopausa. Isso gera uma enxurrada de hormônios que, quando bem administrados e equilibrados, destacam as maravilhas do ser feminino, deixando de ser um ‘problema’ para as pacientes.

Por isso, é importante que a mulher busque o auxílio de um profissional qualificado e que tenha esse cuidado de tratá-la como um ser único, que precisa estar bem com seus hormônios para ter qualidade de vida.

Dr. Eliezer Berenstein

É o fundador da Clínica Berenstein de Atendimento à Mulher. Médico pela Faculdade Franciscana de Medicina é especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela Federação Brasileira da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia. Também é especialista em Homeopatia pelo Conselho Federal de Medicina. Pós-graduado em Sexualidade Humana pelo Instituto Sedes Sapientiae, de São Paulo, atua voluntariamente como auxiliar de ensino da Faculdade de Medicina do ABC.

Sobre a Clínica Berenstein de Atendimento à Mulher

A Clínica Berenstein de Atendimento à Mulher é comandada pelo ginecologista e feminólogo Dr. Eliezer Berenstein. Ele reuniu oito profissionais de saúde que atuam buscando a qualidade de vida feminina por meio do exercício da feminologia clínica. Essa nova técnica é aplicada por meio de uma equipe multi e trans disciplinar com bases na filosofia feminológica.

Os profissionais da clínica têm como objetivos a busca pela saúde integral da mulher (física, emocional e existencial) e o desenvolvimento de novas tecnologias de abordagem clínica. Para isso, é necessária uma atuação criativa que vai além dos conceitos e práticas aprendidos formalmente nas faculdades, mas desenvolvidos por uma abordagem sistêmica da vida.

E-mail: diego.bonel@tudoempauta.com.br  

Pele negra exige cuidados diferenciados durante o verão

março 6th, 2010

Pessoas de pele negra têm algumas vantagens em relação as pessoas de pele mais clara na hora de se exporem ao sol. Tudo porque a pele é mais firme e possui maior atividade dos melacinótipos, que funcionam como um protetor solar natural, aumentando a resistência cutânea, principalmente contra o câncer de pele.
Mesmo com tantos benefícios o fato não é desculpa para descuidar da proteção solar, alerta o dermatologista Valter Claudino, do Hospital e Maternidade Beneficência Portuguesa de Santo André que lembra que os cuidados devem ser os mesmos das pessoas de pele clara, em relação a exposição solar, estar atento aos horários de pico, usar bonés e protetor solar com fator 20, no mínimo.
Durante o verão também são importantes alguns cuidados como evitar substâncias gordurosas e ácidas, produtos a base de álcool, peelings, laser ou qualquer procedimento traumático, levando em conta sempre o tipo de cicatrização.
Segundo o dermatologista, nesta época, por ser mais oleosa, a pele negra pode ter um aumento no aparecimento de cravos e espinhas. “O mais importante é evitar espremer a região já que durante a cicatrização, pode ocorrer um derrame de pigmento que resultará em manchas escuras. A pele deve ser limpa, hidratada e protegida a base de protetor solar diariamente, evitando a formação de manchas”, observa Claudino.
É preciso estar atento ao aparecimento de manchas, além de seus aspectos como a coloração, caso ela seja branca é sinal de desidratação, sendo importante reforçar a hidratação, com aplicação de cremes após o banho, evitar água quente, banhos demorados com sabonetes esfoliantes e sol em excesso sem proteção.
Caso a mancha seja escura, vale usar filtro solar com um fator de proteção maior que 30, diretamente nas manchas, além de cremes clareadores a noite.
“Sem proteção a pele negra mancha facilmente, perde o brilho e torna-se opaca. Os cuidados precisam ser redobrados por conta da exposição ao sol, prevenindo-se também o aumento de cravos e espinhas”, explica o especialista.
A limpeza da pele deve ser feita corretamente pela manhã e a noite, o que evitará a dilatação dos poros. Lavar o rosto com um sabonete de acordo com o tipo de pele, usar uma loção adstringente e passar filtro solar próprio antes de sair de casa, ajudam a diminuir a oleosidade do rosto. A noite após a limpeza é recomendado utilizar um creme com vitamina C ou hidroxiácidos. No corpo um hidratante lubrificante, com óleo de avelã, uva ou macadâmia é o suficiente. Antes de utilizar alguns produtos o ideal é um especialista seja consultado para melhor avaliar o tipo de pele.
A pele negra possui algumas substâncias mais abundantes como é o caso da melanina e do colágeno, o que facilita a hiperpigmentação e a formação de quelóides,, portanto é preciso cuidado redobrado na hora de fazer tratamentos estéticos. Os peelings e lasers se não forem bem aplicados, podem prejudicar a pele, que passará por um processo inflamatório intenso e perderá água rapidamente. Para esse tipo de pele existem tratamentos mais suaves e superficiais que agridem menos a pele.
Para exibir uma pele saudável e bem tratada, vale abusar da água, beber pelo menos 2 litros por dia, tomar banhos rápidos e de preferência não muito quentes, optar pelo uso de sabonetes hidratantes e evitar o uso de esponja. Aplicar um creme ou loção indicada para peles negras, também é uma boa pedida. A hidratação desses produtos é mais intensa do que os óleos após o banho, já que a pele úmida os absorve melhor. Esfoliar a pele uma vez por semana também é recomendável, pois favorece a penetração do creme.
Por Luciana Ponteli (mprossi@uol.com.br)

Espanha legaliza o aborto inclusive para adolescentes

março 6th, 2010

Foi legalizada pelo Senado espanhol no dia 24 de fevereiro de 2010, em definitivo, a lei que libera o aborto até a 14ª semana de gestação e permite as adolescentes entre 16 e 18 anos interromper a gravidez mesmo sem o consentimento de seus pais.
A chamada Lei de Saúde Sexual e Reprodutiva e da Interrupção Voluntária da Gravidez, ratificada pela Câmara dos Deputados em dezembro de 2009, entrará em vigor quatro meses depois da sua publicação no diário oficial, o que deve ocorrer até o final do mês de fevereiro.
A aprovação da medida dá sequência à agenda liberal patrocinada pelo governo socialista de José Luis Rodríguez Zapatero, que contraria segmentos conservadores da sociedade e a Igreja Católica. Desde 2004 já aprovou o casamento entre homossexuais e abrandou regras para o divórcio.
Pelo texto apresentado pelos apoiadores do governo diz que a interrupção da gravidez é livre até a 14ª semana gestação e, até a 22ª, condicionada ao risco à vida ou à saúde da gestante com parecer de um segundo médico, que não realizará a intervenção, ou malformação no feto certificada por dois médicos.
Após esse período, a interrupção da gravidez só poderá ser realizada diante de anomalia fetal “incompatível com a vida” ou quando o feto sofrer de doença grave e incurável, segundo uma relação reconhecida pelos médicos.
Adolescentes dos 16 aos 18 anos poderão interromper a gestação após comunicar a intenção a pelo menos um dos pais ou responsáveis, mas não precisarão de sua autorização. A exigência, no entanto, deverá ser desconsiderada nos casos em que se julgar que pode resultar em ameaça de violência, perigo ou coerção à grávida.
Segundo dados do governo espanhol, cerca de 116 mil mulheres praticaram o aborto no ano passado no país (de 45 milhões de habitantes), aumento de 3,27% sobre 2008. Destas, estima-se que mais de 10 mil tivessem até 18 anos de idade.
A aprovação da lei do aborto foi acompanhada nas galerias do plenário por grupos de defesa dos direitos das mulheres, que aplaudiam as intervenções em favor da nova legislação.
Do lado de fora do Parlamento era ouvidos protestos de grupos antiaborto, que apresentaram mais de um milhão de assinaturas contra a lei.
Acompanhada dos ministros da Igualdade, da Justiça e da Habitação, a senadora socialista Leire Pajín disse que a proposta aprovada era “madura”, elaborada após dois anos de “reflexão e pontos de encontro” e “põe fim à dívida pendente” do país com as mulheres. “As mulheres que não concordarem com a lei não precisam usá-la, mas não podemos impedir as que quiserem”, afirmou.
A porta-voz do Partido Popular no Senado, Carmen Dueñas, acusou o governo de “impor o aborto livre” contra a vontade da sociedade e tentar “acabar com um dos pilares da Espanha: a família”.