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Cresce o número de famílias na classe A

março 6th, 2010

O topo da pirâmide social mantem-se em crescimento desde 2006, apresentando um aumento de 303 mil novas famílias nos último sete anos. Estas famílias possuem um rendimento mensal acima de R$ 10 mil reais, 20 salários mínimos. São pessoas com perfil diversificado composto por profissionais liberais até consumidores de artigos de luxo, como Porsches e helicópteros.

Com base nas estatísticas do IBGE sabe-se que o rendimento médio da classe A é hoje 48% maior que em 2002. Entretanto, apesar desse crescimento, a classe A em relação ao total da população não alterou, ainda representa apenas 1,9% das famílias brasileiras.

Em comparação, do fim de 2002 até 2009, 1, 146 milhão de famílias ascenderam à classe B (renda de 10 a 20 salários mínimos) e 7,772 milhões à classe C (renda de 3 a 10 salários mínimos). O crescimento da renda não foi muito diferente entre as categorias: dobrou na classe A, cresceu 116% na classe B e 142% para a C.

O crescimento da classe C tornou-se o grande investimento do comércio e da propaganda, mas a classe A mantém-se acima da marca de um milhão de famílias desde 2006 e continua crescendo.

A boneca Barbie

março 6th, 2010

Ruth Handler criadora da boneca Barbie, que morreu em 2002 aos 85 anos, possuía muita habilidade com as estratégias de marketing e tornou bem conhecida uma parte de sua história. Como se criasse um mito, repetia como uma lenda, o fato de ter observado o prazer de sua filha, Barbara, em brincar com bonecas de papel de aspecto adulto, no início dos anos 50. Sua inspiração para lançar uma boneca de plástico que representasse uma moça bonita, e não um bebê, como era comum, teria origem nesse comportamento de sua filha.
Ruth enfrentou descrédito, quando apresentou o conceito da Barbie. Muitos, como seu marido Elliot, não acreditavam que mães fossem comprar “bonecas com seios” para as filhas. Estavam enganados. Quando Barbie completou 50 anos, em 2009, havia se tornado um símbolo, com um bilhão de unidades vendidas em mais de 140 países e com direito a um desfile em sua homenagem na Semana de Moda de Nova York.
Além do aspecto adulto, Ruth inovou ao dar à boneca uma vida completa, com casa, carro, namorado, um guarda roupa invejável e carreira. Mais de 100 tipos diferentes de carreiras. Ela interpretou centenas de personagens – a última é Bella Swan, a protagonista da série de histórias iniciadas com o livro Crepúsculo. Uma das inspirações para o mundo Barbie veio da Europa: era Lilli, uma personagem alemã de quadrinhos, esperta e sexualmente liberada, que virou boneca. Ruth comprou várias e as levou para os designers da Mattel. A empresa havia sido criada por ela, por Elliot e pelo sócio Harold Matson, o Matt, em 1945, para fabricar móveis para bonecas. Antes, o casal já havia criado duas empresas para negociar molduras, bijuterias e objetos decorativos.

Na França pulseira com GPS para maridos violentos

março 6th, 2010

Um projeto de lei que combate a violência conjugal, para que maridos considerados violentos usem uma pulseira eletrônica equipada com um GPS, foi aprovado por unanimidade no dia 25 de fevereiro de 2010, pelos deputados franceses. Agora será examinado pelo senado francês a partir do final de março.
A polícia poderá, dessa maneira, monitorar em tempo real, os trajetos percorridos pelos maridos acusados de violência doméstica verificando se eles se aproximam dos locais frequentados por suas esposas.
Michèle Alliot-Marie, ministra francesa da Justiça, disse que a pulseira eletrônica poderá ser utilizada antes do julgamento dos acusados de atos de violência ou apenas em casos de ameaças feitas contra a mulher.
O texto aprovado pelos deputados será examinado pelo senado francês a partir do final de março.
A legislação foi aprovada dez dias após o assassinato a facadas de Tanja Pozgaj, de 26 anos, por seu ex-companheiro, na periferia de Paris. O caso teve grande repercussão no país, pois ela havia solicitado inúmeras vezes, sem resultado, proteção policial e das autoridades municipais após receber várias ameaças de morte.
O Ministério francês do Interior informou que, segundo estatística do próprio órgão, nos casos de identificação do autor, quase 20% do total de homicídios no país, são cometidos por cônjuges. Mais de um terço desses assassinatos estão ligados à separação do casal. Em média, uma mulher morre a cada três dias na França em razão da violência doméstica.
A grande novidade trazida pelo projeto de lei é a definição do delito de “Assédio Psicológico” que será penalizado mais severamente com multa de 75 mil euros e penas de até três anos de prisão.
Violência psicológica, segundo definição do texto do projeto de lei é “atos e palavras repetidas que resultam na degradação das condições de vida da vítima e que podem afetar sua saúde física e mental”. Os deputados se basearam no conceito do assédio moral, até então aplicado somente às questões trabalhistas, para o texto do artigo.
A ministra da Família, Nadine Morano, informou que 84% das 80 mil ligações telefônicas recebidas anualmente pelos serviços de auxílio às vítimas de violências domésticas se referem justamente a humilhações e insultos constantes do marido ou companheiro, “que destroem psicologicamente a mulher”, disse.

Mundo feminino da Índia lidera a transformação

março 6th, 2010

Paulatinamente o mundo indiano vem sendo descortinado mostrando sua evolução e revelando o choque cultural após a independência, onde pontificam grandes personalidades ícones, e, não raro, ídolos daquela que é a terceira potência financeira do mundo.
No pano de fundo, a luta contra o preconceito, a opressão mantida por castas contra as classes mais baixas da sociedade, chamados de intocáveis, ou dalits. Alguma coisa foi mostrada nos capítulos da novela global “Caminhos das Índias”, onde o Brasil descortinou os costumes e modo de vida dos indianos. No obstante, a história e as revoluções nos costumes é sempre um caminho longo e que exige bem mais do que cenas de enredo global. A libertação do domínio inglês e luta empreendida por um líder chamado Mahatma Ghandi, responsável pela independência da Índia e pelo surgimento de outras lideranças, como Jawaharlal Nehru, o pai de Indira Ghandi, todos eles membros do Partido do Congresso, que governou e transformou o país.
Ghandi e Nehru não somente lutaram pela liberdade indiana, tendo como aliados os integrantes das classes mais baixas e, principalmente, forjando a luta das mulheres por mudanças no regime de opressão a que estiveram submetidas durante muitos anos até galgar postos representativos na sociedade organizada. A história começara ainda antes mesmo de Indira Ghandi e começamos por mostrar a Princesa Kapurthala, cujo nome era Ana Delgado Briones, uma espanhola que viveu um conto de fadas ao casar-se com o Príncipe de Kapurthala, que é uma região no interior da Índia. Ela é protagonista de uma história onde a vida nababesca dos marajás com suas quatro esposas mostra uma cultura de castas. Ela não tinha este título e por esse motivo foi discriminada pelas outras mulheres do Príncipe, que não a aceitaram, além de ser este o 5° matrimônio, que não é válido pelas leis muçulmanas. Nesse ínterim, aparecem Mahatma Ghandi e Jawaharlal Nehru, que promovem passeatas nacionalistas. A Índia começa a respirar os ventos da liberdade.
Em meio a isto a Princesa é flagrada em adultério pelo Príncipe Kapurthala, originando o divórcio que lhe rende vultuosa pensão. De Madri onde passa morar toma conhecimento da Independência da Índia e o surgimento político de Rajkumari Amsit Kour, a prima rebelde do Príncipe, seu ex-marido. Seguidora de Nehru torna-se a primeira mulher a ocupar um Ministério no país, tendo ocupado duas vezes o Ministério da Saúde.
Em 1966 surge Indira Ghandi, empossada como primeira-ministra vem a revoar os privilégios de uma casta secular e pondo fim ao império dos marajás. Filha de Jawaharlal Nehru e criada ao lado de Mahatma Ghandi, ela tinha uma mente racional e moderna, sem a menor identificação com nenhuma casta, estado ou religião. Indira aboliu os últimos privilégios dos marajás. Em 1947, após a independência do domínio inglês, viram seus estados integrados à União Índia, recebendo em troca regalias garantidas pela constituição, tais como a conservação de seus títulos, jóias e palácios, além de receberem um pagamento anual feito pelo Estado e a isenção de impostos e taxas de importação. O calafrio também se estendeu às elites quando ela anunciou a nacionalização dos bancos e das companhias de seguro. Indira beneficiou o povo e conseguiu o apoio de todos os partidos de esquerda.
Seu governo era populista e imprimiu a revolução agrícola, tornando seu país auto-suficiente na produção de alimentos. Fundamentalmente possuía empatia com a camada pobre e eles a levaram a ser a primeira-ministra mais poderosa da independência. “A Índia é Indira, Indira é a Índia”, dizia o povo. Todos os grandes líderes mundiais da época queriam estreitar seus laços com uma das mulheres mais poderosas do mundo: de Yasser Arafat a Jimmy Carter, passando por Margaret Thatcher.
Indira Ghandi reinou absoluta por 20 anos na Índia, de 1964 a 1984, quando foi assassinada, revolucionou os costumes, guindou o país à condição de terceira maior potência econômica mundial e seu o segundo mais populoso do planeta, como 1,1 bilhão de habitante.