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Uma mulher assume a presidência da GM no Brasil

julho 7th, 2010

por Eloá Muniz

Desta vez foi o setor automobilístico que rompeu paradigmas. A General Motors do Brasil, uma das maiores fabricantes de carros do mundo, indica para presidente a engenheira mecânica Denise Johnson. Com larga experiência e formação nos quadros da GM, ocupou nos último anos a vice-presidência de relações trabalhistas da General Motors Corporation. Denise agora terá o desafio de ser a primeira mulher a ocupar o cargo de maior importância na estrutura de poder da empresa multinacional.

Ela assumirá, entre outras atribuições, o projeto de ampliação do Complexo Automotivo de Gravataí. Denise Johnson substituiu Jaime Ardilla, promovido para a recém-criada GM América do Sul, que comandará a partir de São Paulo.

Denise tem em seu currículo o programa Líderes de Produção (Leaders for Global Operations) e quando ainda estava na alta direção da montadora de Detroit. Sobre esta experiência no centro de excelência comentou: “o programa reforça o desenvolvimento de um estilo de liderança que abriga trabalho em equipe e avaliação de soluções diferentes para obter resultados”, afirmou.

Na realidade Denise Johnson é a primeira mulher a assumir a presidência no Brasil, cargo que agora foi criado, mas isto não significa que ela seja uma exceção, pois outras executivas ocuparam posições similares, como Maureen Kempston Darkes, que presidiu a divisão América Latina, África e Oriente Médio. Nos Estados Unidos, várias fábricas são dirigidas por mulheres, o que no entender de André Beer, consultor do setor automotivo, que passou 38 anos na GM, 18 dos quais como vice-presidente, é um sinal de não existir na empresa uma cultura machista.

A GM do Brasil é altamente rentável e não foi atingida pela grande crise desencadeada na empresa, conseguindo manter a produção em alta. Isso propiciou a criação da GM América do Sul, um grande mercado consumidor da marca Chevrolet, atrás apenas de EUA e da China. A nova General Company provocou a mudança do comando das atividades fora dos Estados Unidos para a Divisão de Operações Internacionais, a partir da China. O Brasil e o país asiático são as principais operações internacionais da empresa atualmente e que recebem maiores investimentos.

A criação da GM América do Sul, com sede em São Paulo, dará maior autonomia aos negócios nos 10 países onde atua, e seu presidente Jaime Ardilla terá ligação em linha direta com o principal executivo da GMC, Ed Whitacre.

Com maior proximidade do board, será possível ganhar agilidade nas decisões, além de acompanhar on line as características, exigências e tendências dos mercados sul-americanos, benefícios para todos, principalmente para o consumidor.

No Brasil, a preferência das mulheres pela Internet ultrapassa a TV

maio 10th, 2010

por Admir Gomes

De acordo com estudo da Sophia Mind, empresa de pesquisa da Bolsa da Mulher, as mulheres representam 47% da audiência de usuários ativos na internet brasileira. Isso significa que elas passam 39 horas semanais na web, contra 21 horas assistindo TV. A pesquisa do Ibope Nielsen Online foi entre os meses de outubro de 2009 e janeiro de 2010.

Os sites preferidos são livrarias, vestuário, cartões, astrologia e sites femininos e para 67% das mulheres, a internet é fonte de informações sobre produtos ou serviços desejados, enquanto que 42% buscam informações em sites de fabricantes e 62% procuram na web dicas sobre o uso dos produtos.

Elas também utilizam a web para pesquisas de preços, ou seja, 70% delas querem encontrar preços e as melhores oportunidades para economizar no momento em que tentam adquirir produtos.
Das mulheres que comentarem experiências de consumo, sejam positivas ou negativas, 60% usaram as redes sociais. Em decorrência da opinião de outras mulheres sobre algum produto, mais da metade delas já comprou algo por indicação em rede social, pois para elas a indicação é fundamental.

Metade das mulheres entrevistadas afirma ter realizado compras pela internet e os principais produtos adquiridos são livros e revista (20%), eletrônicos e informática (18%) e CDs e DVDs (11%). As mulheres cada vez mais compram pela rede e muitas marcas já consideram esta uma prática comum do público feminino.

A publicidade na internet não incomoda as mulheres de uma forma geral, já que 97% não se importam de receber banners ou e-mails marketing com produtos de interesse, promoção ou cupons de desconto.

As mulheres também utilizam internet para ganhar mais tempo para sim mesma e para a família, lendo conteúdos de interesse, com 80%, notícias, com 78% e algum tipo de diversão representam 68%.

No tocante a redes sociais as mulheres utilizam a internet para contato com familiares e amigos (97%). Muitas acreditam que sites como Orkut são úteis para compartilhar o crescimento dos filhos, sendo que 75% delas usam as redes para mostrar fotos dos filhos e parentes.

O Orkut goza de mais preferência das mulheres, seguido de Sônico, Twitter e Facebook, mas estes meios de comunicação via internet predominam cada vez no cotidiano do público feminino.

As mulheres internautas acreditam que sites como Orkut são úteis para compartilhar o crescimento dos filhos (75% das mães usam as redes para mostrarem fotos dos filhos a parentes) e consideram que as redes sociais facilitam o contato com familiares e amigos (97%).

O Orkut é o mais popular, entre as redes sociais sendo usado por 75% das entrevistadas. Sonico, Twitter e Facebook aparecem na sequência com uma média de 21% de acesso.

Falta fraternidade na política

abril 27th, 2010

por Eloá Muniz

O filósofo Antonio Maria Baggio, professor de Filosofia Política do Instituto Universitário Sophia, em Firenze (Itália), em conferência na Universidade de Brasília, propõe o estudo e a análise do conceito de fraternidade para além de uma abordagem religiosa ou assistencialista, mas como uma categoria civil e política.

A fraternidade ganhou conotação religiosa e assistencialista e, em muitos casos, é equiparada à solidariedade. “O termo é quase ausente nos dicionários de Ciência Política”, observou Baggio, enquanto os conceitos de igualdade e liberdade foram incorporados como elementos políticos, e assumidos institucionalmente, a partir da Revolução Francesa de 1789, a fraternidade teve outro destino.

Uma reflexão sobre o conceito torna-se pertinente e necessária, afinal, “a ideia de fraternidade é anterior à Revolução Francesa. Está presente em civilizações até mesmo anteriores a hebraico-cristã”. A diferença é que apenas em 1789 o conceito é evidenciado, sendo colocado no mesmo nível da igualdade e da liberdade. “Essa tríade se tornou a luz na escuridão de um complexo sistema de relações”, observou o filósofo.

Na última década houve um salto de qualidade na reflexão acerca do tema, porque a fraternidade se fez presente em ações sociais que resultaram em mudanças políticas significativas. Segundo Baggio, os estudos que atualmente são desenvolvidos sobre a fraternidade podem determinar o papel que o elemento teve na construção da identidade dos povos e, também, como cada nação o interpreta. “É necessário conhecer a fraternidade a partir de diferentes pontos de vista. Ninguém pode definir o que seja fraternidade sozinho. E, para entendê-la, é preciso vivenciá-la”, diz Baggio.

Fonte: UnB Agência

Diminui tempo das mulheres investido em tarefas domésticas

março 31st, 2010

Mulheres que estudaram 15 anos ou mais dedicam aos afazeres domésticos quase a metade do tempo que mulheres com escolaridade menor, que freqüentaram a escola por até um ano. Esta informação do IBGE diz ainda que quanto menor a escolaridade menor também a renda.

Desde 2001, o tempo gasto com tarefas domésticas vem caindo cerca de 5 horas semanalmente. O acesso aos bens de consumo que agilizam o trabalho no domicílio e o aumento de vagas nos setores de comércio e serviços introduzem o trabalho feminino no mercado aquecido e rentável.

Segundo o IBGE a carga horária média utilizada em tarefas como a limpeza da casa e o cuidado das crianças e dos idosos passou de 28,9 horas por semana em 2001 para 23,9 horas em 2008. A mudança deve-se ao crescimento da participação das mulheres no mercado de trabalho, a busca da renda familiar, que permite a aquisição de bens para equipar a casa – micro-ondas, liquidificador e máquina de lavar- e com a a divisão de tarefas domésticas entre os homens e as mulheres, ainda que tímida.

Segundo Ana Lúcia Sabóia, gerente do IBGE, “a cada ano, cresce o acesso a bens de consumo. A máquina de lavar, por exemplo, é um dos itens mais libertadores da mulher e ainda não é um bem universal no país, como a geladeira já é.”

O acesso a serviços públicos também contribui para a queda no tempo gasto nas tarefas relacionadas à casa, uma vez que a matrícula dos filhos em creches e escolas permite que a mulher exerça outras atividades. E o aumento da renda possibilita a contratação de empregadas ou diaristas para exercer essas atividades dentro da casa.

“As mulheres foram para a rua”, afirma Hildete de Araújo, especialista da Universidade Federal Fluminense, que destaca o aumento da participação das mulheres na População Economicamente Ativa. Segundo o IBGE, em 2008, 47,2% das mulheres com dez anos ou mais no país estavam ocupadas. Em 1992, eram 43,4%.

Apesar do impacto da recessão econômica, EM 2009, os segmentos do comércio e serviços mantiveram-se aquecidos, o que indica que continua crescendo a participação das mulheres no mercado de trabalho. A busca permanente continua sendo pela igualdade salarial para funções exercidas por homens e mulheres.

Igualdade de Gênero no Jornalismo é objetivo do Projeto Global de Monitoramento de Mídia 2010

março 25th, 2010

De acordo com o relatório preliminar do Projeto Global Monitoramento de Mídia 2010 somente 24% das pessoas vistas, ouvidas ou a respeito de quem se lê nas notícias são mulheres. O relatório foi divulgado por ocasião da 54ª sessão da Comissão da ONU sobre a Condição da Mulher, em Nova York, em março deste ano.

Grupo de voluntários de 130 países de todo mundo, em 10 de novembro de 2009, se debruçaram sobre seus jornais de circulação nacional, ouvindo notícias de rádio e assistindo de perto a televisão local. Suas ferramentas eram lápis e códigos, com os quais faziam análise, observação e registro de informações relativas aos indicadores de gênero na mídia noticiosa para o Projeto Global Monitoramento de Mídia – a maior pesquisa e iniciativa na mídia noticiosa. Fazer surgir uma representação de gênero justa e equilibrada na mídia noticiosa é o objetivo deste projeto.

Baseados em uma amostragem de 42 paises na África, Ásia, América Latina, no Caribe, nas Ilhas do Pacífico e na Europa, onde incluem 6.902 itens de notícias e 14.044 tópicos de notícias, incluindo pessoas entrevistadas nas notícias o projeto apresentou um relatório preliminar com os resultados até então obtidos.

“A mídia noticiosa parece servir a interesses masculinos; a atenção às mulheres é extremamente negligente, apesar de as mulheres estarem em maior número, nacionalmente; as mulheres são a vida das comunidades, particularmente em assentamentos informais e em áreas rurais”, observou Edouard Adzotsa, Secretário Geral do Sindicado dos Jornalistas da África Central e Coordenador do GMMP no Congo Brazzaville durante o monitoramento do Projeto Global de Monitoramento da Mídia.

Alguns resultados impressionam e apresentam indicativos de uma sociedade ainda patriarcal e globalizada. Alguns exemplos: 24% das pessoas entrevistadas, ouvidas, vistas ou a respeito de quem se lê em transmissões principais e notícias impressas são mulheres; somente 16% de todas as matérias concentram-se especificamente em mulheres. Portanto, as mulheres se informam, mas as notícias predominantes pertencem ao universo masculino.

Outra informação importante é que de cada cinco especialistas entrevistados menos de um é mulher, entretanto, os homens predominam fortemente como testemunhas e relatores de experiências pessoais em matérias. Dessa maneira, a reprodução do patriarcalismo se impõe independentemente da cultura do país pesquisado.

A pesquisa mostrou ainda que as mulheres em noticiários são identificadas por seus relacionamentos familiares (esposa, mãe, filha), cinco vezes mais que os homens. Quase metade (48%) de todas as matérias reforça estereótipos de gênero, enquanto 8% das matérias questionam estereótipos de gênero.

Outra revelação interessante da pesquisa é que, em geral, as mulheres permanecem extremamente sub-representadas na cobertura de notícias, em comparação com os homens, retratando um mundo em que as mulheres estão ausentes. Mostrou também a escassez de visões e opiniões de mulheres, em comparação com perspectivas masculinas, nos principais noticiários.

Em relação aos resultados obtidos nas edições anteriores do Projeto Global, a cada cinco anos de 1995, há sinais de mudança em direção a notícias mais equilibradas e sensíveis no tocante a gênero. Matérias com temas femininos aumentaram de 17% para 24% nos últimos 15 anos. A opinião popular em notícias agora chegou à igualdade, se comparada com 2005, quando 66%, a opinião popular era majoritariamente prestada por homens.

“Um retrato de gênero justo é uma aspiração profissional e ética, similar ao respeito por precisão, justiça e honestidade”, diz Aidan White, Secretário Geral da Federação Internacional de Jornalistas (Internation of Journalists – IFJ). A publicação dos resultados do Projeto Global de Monitoramento de Mídia no IFJ recebeu o nome de “Alcançando o Equilíbrio: Igualdade de Gênero no Jornalismo”.

O Projeto Global de Monitoramento de Mídia é coordenado pela Associação Mundial para a Comunicação Cristã (World Association for Christian Communication – WACC), uma ONG internacional com escritórios no Canadá e no Reino Unido, que promove comunicação em prol de mudanças sociais, em colaboração com o analista de dados Media Monitoring Africa, da África do Sul. A Gender Links, também sediada na África do Sul, forneceu assessoria para o aprimoramento das ferramentas de monitoramento e da metodologia.

Os voluntários que participaram do dia do monitoramento incluem ativistas das áreas de gênero e mídia, grupos de comunicação de base, pesquisadores/as universitários/as e estudantes de comunicação, profissionais de mídia, associações de jornalistas, redes de mídia alternativas e grupos religiosos. O projeto é apoiado pelo Unifem – Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher.
No Brasil, a coordenação ficou a cargo de Sandra Duarte de Souza (Universidade Metodista) e Vera Vieira (Rede Mulher de Educação e Associação Mulheres pela Paz).

Fonte: WACC – World Association for Christian Communication

Feministas espanholas lutam pelo aborto livre e gratuito e atacam Igreja Católica

março 18th, 2010

O dia 7 de março ficou marcado por uma manifestação das feministas da Espanha, que saíram às ruas para protestar contra setores da oposição que pregam a Marcha pela Vida. Elas se referem aos controles patriarcais, dentre eles as hierarquias da Igreja, que buscam privar as mulheres do direito de decidir autonomamente sobre o próprio corpo. A principal reivindicação é o aborto livre e gratuito, medida capaz de impedir a morte de milhares de mulheres em abortos inseguros em muitos países. No mundo, todo ano morrem mais de 70 mil mulheres em abortos clandestinos, numa chacina visível aos olhos negligentes e insensíveis das autoridades constituídas.

Publicado originalmente em http://fotograccion.org

Segundo as feministas espanholas, estes setores, alinhados à Igreja Católica, pretendem impor seus padrões morais e religiosos como políticas públicas. O movimento saiu às ruas para defender o direito de decidir livremente sobre o próprio corpo ao mesmo tempo em que refutam toda autoridade médica, jurídica, estatal ou religiosa de tomar decisões sobre a vida delas. O protesto se tornou mais eloqüente pela mostra dos seios como um ato de irreverência, escapando das formas de regulação e de controle a que foram submetidos, modelados, ampliados, mostrados, sujeitados e escondidos. “Hoje nossos peitos são resistência política, tornar visível um corpo que historicamente tem sido expropriado, aprisionado, seqüestrado, controlado e dominado. Peitos que se atrevem a dizer basta, que rompem cadeias, que se mostram placidamente decididos a ser seios que condenam a privatização, a coisificação, que negam, resistem e escapam, seios que reclamam justiça, seios que desejam a liberdade, seios da subversão, que demandam direitos”, disseram a feministas.
Elas reivindicam o direito fundamental ao aborto livre e gratuito na saúde pública.

Mulheres são maioria entre novos médicos de São Paulo

março 6th, 2010

Os dados sobre inscrições de novos médicos no Conselho Regional de Medina do Estado de São Paulo (Cremesp) consolidam uma mudança: entre os 3.029 formandos em Medicina que se inscreveram em 2009, 1.645 (54%) são mulheres e 1.384 (46%) são homens.

Os homens representavam 66,43% das novas inscrições em 1980. Vinte anos depois, em 2000, a presença masculina diminuía, mas ainda era predominante, com 55,39% dos novos inscritos no Cremesp.

A inversão nesse cenário ocorreu somente em 2006 quando as mulheres passaram a representar 51,75% dos 3.030 novos registros profissionais daquele ano. Em 2007, as mulheres representavam 52,78% e, em 2008, 52,96 %.

Para o novo Presidente do Cremesp, Dr. Luiz Alberto Bacheschi, neurologista e professor da Faculdade de Medicina da USP, “tendo em vista tratar-se do quarto ano consecutivo com predomínio crescente das mulheres, a série histórica indica a tendência de feminilização da profissão médica no Estado de São Paulo.”

No conjunto dos médicos em atividade, a presença dos homens ainda é majoritária. Dos 101.087 médicos em atividade no Estado em janeiro de 2010, aproximadamente 60% são homens.

O equilíbrio de gênero entre médicos deve demorar mais de uma década, embora em algumas especialidades isso já ocorra. Em São Paulo, dentre as 53 especialidades médicas oficialmente reconhecidas, os homens são maioria em 39 delas e chegam a ser dez vezes mais em Ortopedia/Traumatologia e em Urologia. No entanto, as mulheres têm larga vantagem, por exemplo, em Pediatria e Dermatologia, onde são, proporcionalmente, cerca de quatro vezes mais numerosas que os homens. As mulheres são minoria em Medicina Legal e Medicina Esportiva, dentre outras especialidades.

asp@cremesp.org.br

Mulheres já somam 30% das autuações

março 6th, 2010

Levantamento da Polícia Militar de São Paulo mostra que, em janeiro, 5,6% das motoristas que foram paradas pela fiscalização haviam bebido antes de pegar o volante. Com isso o índice de mulheres reprovadas no teste do bafômetro, durante as blitze da lei seca, na capital paulista, cresceu vertiginosamente.

Em outubro, esse percentual passou para 38,6%, quase quatro em cada dez fiscalizadas. Os dados mostram que a evolução de embriagadas na direção é praticamente constante mês a mês. Em contrapartida, o número total de detectados pelos aparelhos que medem a dosagem de álcool no sangue está em declino – passou de 11% para 4%.

A alta feminina nos flagrantes das operações é impulsionada por dois fatores principais. O primeiro – e responsável direto, acreditam os especialistas – é a mudança recente na forma de fiscalizar a lei seca. Até o primeiro semestre de 2009, a PM organizava as operações de fiscalização de forma aleatória. Nem todos os carros passavam pelos locais das blitze eram abordados e só faziam o bafômetro quem tivesse sinais de embriaguez.

Há cinco meses, porém a estratégia mudou e as mulheres, portanto, deixaram de ser “invisíveis” para os responsáveis pela fiscalização.

O segundo fator para o aumento de embriagadas identificadas é que as mulheres estão consumindo mais álcool, o que também aumenta o comportamento de risco.

Agora, a PM aborda todos os automóveis que trafegam pela via, independente do sexo de quem está no volante. “A maioria dos abordados ainda é homem, mas as mulheres cada vez mais são paradas”, afirmou o capitão Sérgio Marques, responsável pelas blitze.

Quando o fator é saúde, as pesquisas mais recentes mostram maior prevalência do hábito de beber entre as mulheres e aí está outro motivo para o crescimento delas nos números de alcoolizados ao volante. Um levantamento que endossa a invasão feminina nos índices de alcoolismo, feito em instituições públicas de tratamento de São Paulo, aponta que em dois anos cresceu em 80% o número das que buscam consultas por vícios em bebida alcoólica. “Elas estão mais presentes nos bares, nos consultórios clínicos e também nas pesquisas sobre o tema”, confirma o presidente do Centro de Informações Sobre o Álcool (Cisa) e professor da Faculdade de Medicina da USP, Arthur Guerra. “Todas as idades aparecem como foco do problema. As mais novas querem ficar alteradas para ter diversão a qualquer custo, com um prejuízo de autoimagem altíssimo. E as de meia idade buscam o álcool por alguma insatisfação pessoal, solidão e problemas pessoais”.

Dessa forma, as mulheres bebem mais socialmente e também aparecem mais nas estatísticas dos problemas associados ao álcool. Levantamento feito em instituições públicas de tratamento de São Paulo aponta que cresceu em 28% o índice de mulheres das classes econômicas A e B (que ganham acima de 15 salários-mínimos por mês) em tratamento por vício em bebida alcoólica.

Não é a única estatística sobre essa tendência. Entre as garotas com menos de 18 anos, o mesmo fenômeno é atestado. Segundo o Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas, ligado à Unifesp, 6,4% das moradoras de São Paulo entre 12 e 17 anos apresentam sinais de dependência do álcool.

Nos garotos com a mesma idade, o índice é de 4,9% – com base em uma pesquisa com 4.117 entrevistas.

O reflexo de mais mulheres com o hábito nocivo de beber já impacta no perfil de mortes violentas lembra o sociólogo da Segurança Pública de São Paulo Túlio Kahn. Enquanto no ano de 2000 elas respondiam por 12% dos casos que englobam mortes por assassinatos e também em batidas de veículos, em 2008, o grupo feminino passou para 25%.

Magreza sem controle entre as mulheres precisa de medidas severas de coibição mundial

março 6th, 2010

Essa é a opinião de Marco Antonio Tommaso, psicólogo clínico especializado em transtornos alimentares após a exibição de modelos excessivamente magras durante o SPFW 2010. Ele explicará como as pessoas podem controlar essa obsessão pela magreza excessiva, durante o evento Beleza Sustentável 2010, considerado de utilidade pública.

Fashionistas sentados na primeira fila de um desfile da SPFW 2010 ficaram espantados pelo fato das modelos estarem mais magras do que nunca. Segundo informações veiculadas na imprensa, os estilistas estão com dificuldades em montar seus “castings” e fazem ajustes de última hora e escolhem peças que escondam os ossos saltados das modelos. Além disso, elas andam com dificuldades e a massa corporal de algumas delas estão bem abaixo da média. Diante disso, o empresário Paulo Borges, diretor da São Paulo Fashion Week relatou que a organização do evento deve encaminhar um comunicado às maiores semanas de moda do mundo, entre editores e fotógrafos internacionais para alertar sobre a magreza atual das modelos.
Marco Antonio Tommaso, psicólogo Clínico especializado em transtornos alimentares, concorda com a atitude de Paulo Borges e ressalta também que precisam ser criadas medidas urgentes de coibição mundial para evitar essa busca descontrolada pela magreza. Campanhas educativas para evitar transtornos alimentares e incentivar o emagrecimento saudável com responsabilidade e descartar essa patologia cultural sobre a magreza é o caminho que autoridades no Brasil e no mundo têm que seguir. “Isso é necessário, pois, muitas mulheres se espelham em modelos nacionais e internacionais e buscam o emagrecimento de forma descontrolada e passam dos limites. Depois os resultados são os transtornos alimentares, bulimia, anorexia e muitas vezes o resultado é a morte”, explica Marco Antonio Tommaso.

Marco Antonio Tommaso será palestrante no Beleza Sustentável 2010, Primeiro Evento Mundial de Desenvolvimento Integral do Ser para a Sustentabilidade, que ocorrerá nos dias 10 e 11 de março, no HSBC Brasil, na capital Paulista.

Durante sua apresentação sobre Beleza Física, o especialista relatará como cada mulher pode trilhar um caminho e identificar sua beleza interna, aceitando-se fisicamente e principalmente valorizando o que ela tem de melhor sem cometer grandes absurdos, como por exemplo, adotar medidas de emagrecimento irresponsáveis que não elevam sua auto-estima, mas que acarretam diversos tipos de doenças como já conhecemos atualmente. Seguindo esse caminho, cada Ser pode manter um equilíbrio em todas as suas dimensões, pois, tudo está ligado. A sua auto-estima interfere como cada um age no trabalho e nas relações emocionais, na saúde e em outros aspectos, explica Marco Antonio Tommaso.

O evento Beleza Sustentável trará informações em relação aos cinco tipos de beleza existentes em cada pessoa: Mental, Emocional, Física, Espiritual e Financeira. Os 15 especialistas brasileiros que estarão presentes relatam que todo o conteúdo que será apresentado contribuirá para que cada um siga um caminho com melhor qualidade de vida a longo prazo com qualidade, desenvolvendo-se integralmente como Ser, conquistando resultados plenos e satisfatórios em todas as suas dimensões. Portanto, a missão do Beleza Sustentável 2010 é apresentar informações necessárias para que mulheres e homens possam trilhar um caminho satisfatório em direção à sua própria sustentabilidade, enfim se tornando um Ser Sustentável em todas as suas dimensões.

Além das palestras, o encontro trará apresentações em vídeos com depoimentos e informações de pessoas que conseguiram se destacar em suas áreas de atuação e são bem-sucedidas nas cinco dimensões, revelando suas experiências e conhecimento para o sucesso de suas realizações. O evento vai contar ainda com exposição de ONGs e empresas que contribuem para o desenvolvimento integral do Ser. O evento Beleza Sustentável 2010 é promovido pela Ambiente Global, com apoio institucional da Abracom, Editora Murano, Instituto Mais, Maxpress, São Paulo Convention Visitors Bureau, Majca Innovation & Sustainability, Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento, Bem Receber, SPTuris e Sustainable Business e reunirá mais de duas mil pessoas vindas de todo o País.

Anna Karina Spedanieri   releases@ambienteglobal.com.br 

Feminologia: a nova tendência da medicina que trata a mulher

março 6th, 2010

O médico feminólogo transcende aos cuidados orgânicos e diagnósticos preventivos, oferecendo um caminho de auto-entendimento e autopercepção para a transformação feminina.

Na medicina existem diversas linhas de trabalho, que se adaptaram na cura de doenças de seus pacientes com o passar dos anos. Constantemente, são divulgados novos estudos e novas técnicas, mas a atenção à individualidade do paciente é o que diferencia os profissionais e suas linhas de atuação. A feminologia tem a feminilidade como valor máximo da mulher contemporânea, com características hormonais, comportamentais e físicas. Além disso, é levado em conta, reconhecer os desvios que causam algumas “doenças” como a tensão pré-menstrual (TPM), depressão pós-parto, depressão no climatério e até disfunções sexuais.

Em 1985, um grupo de médicos de São Paulo iniciou um estudo para tratar a mulher contemporânea unindo o que é aprendido nas faculdades de medicina às teorias da psicologia, aos estudos psiquiátricos e até mesmo a dados antropológicos. Surgia, então, a feminologia que até hoje desperta curiosidade em profissionais e, principalmente em pacientes ávidas por um tratamento diferenciado.
As mulheres de hoje são tão diferentes de suas ancestrais que, somente os conhecimentos da ginecologia clássica ou da psicologia, não dão conta de seu entendimento e atendimento adequados. Os estudos do século passado, que geraram a ginecologia, não tratavam dos males de que sofrem a mulheres atuais: vida competitiva no mercado de trabalho, stress, número menor de filhos, expectativa de vida ampliada.

É importante entender a mulher como um ser complexo e que é resultado do quociente hormonal aliado ao emocional e ao racional. Esta somatória determina inúmeras transformações e alterações no corpo, no humor e no comportamento. Muitos profissionais tentam fazer com que as mulheres não ‘sofram’ com seus hormônios e, para isso, tentam anular suas funções eliminando, assim, a essência e o instinto de feminilidade.

A medicina precisa entender a mulher como um ser totalmente diferenciado e não pode ser tratada como um homem. Na mulher temos que lidar com a menstruação, a gestação, o pós-parto e a menopausa. Isso gera uma enxurrada de hormônios que, quando bem administrados e equilibrados, destacam as maravilhas do ser feminino, deixando de ser um ‘problema’ para as pacientes.

Por isso, é importante que a mulher busque o auxílio de um profissional qualificado e que tenha esse cuidado de tratá-la como um ser único, que precisa estar bem com seus hormônios para ter qualidade de vida.

Dr. Eliezer Berenstein

É o fundador da Clínica Berenstein de Atendimento à Mulher. Médico pela Faculdade Franciscana de Medicina é especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela Federação Brasileira da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia. Também é especialista em Homeopatia pelo Conselho Federal de Medicina. Pós-graduado em Sexualidade Humana pelo Instituto Sedes Sapientiae, de São Paulo, atua voluntariamente como auxiliar de ensino da Faculdade de Medicina do ABC.

Sobre a Clínica Berenstein de Atendimento à Mulher

A Clínica Berenstein de Atendimento à Mulher é comandada pelo ginecologista e feminólogo Dr. Eliezer Berenstein. Ele reuniu oito profissionais de saúde que atuam buscando a qualidade de vida feminina por meio do exercício da feminologia clínica. Essa nova técnica é aplicada por meio de uma equipe multi e trans disciplinar com bases na filosofia feminológica.

Os profissionais da clínica têm como objetivos a busca pela saúde integral da mulher (física, emocional e existencial) e o desenvolvimento de novas tecnologias de abordagem clínica. Para isso, é necessária uma atuação criativa que vai além dos conceitos e práticas aprendidos formalmente nas faculdades, mas desenvolvidos por uma abordagem sistêmica da vida.

E-mail: diego.bonel@tudoempauta.com.br