A manchete é aterradora e ao mesmo preocupante dado a gravidade da situação dramaticidade que caso encerra. Se de um lado existe a Lei Maria da Penha, ainda faltam meios de deter a fúria dos homens. As agressões se constituem num flagelo incontrolável com a legislação vigente, atenuada pela tênue abrangência da LMP. Falar do ato em si, nãos e constitui nada de novo, mas as conotações revelam o quanto ainda se faz necessário caminhar no sentido de erradicar este tipo de violência que é o espancamento de mulheres. Urge que a sociedade tome frente a esta situação e as instituições têm o dever de solucionar este tipo de delito, tão covarde, tão sem humanidade e sem nenhuma maneira de proporcionar um breque na ação criminosa.
Hoje existem abrigos para mulheres vítimas da ação de companheiros e ex-companheiros, que se arvoram de donos da mulher e, nessa pretensa condição usam e abusam do autoritarismo, do magismo e, até mesmo da sordidez, para se sobrepor a quem lhe é fisicamente inferior. E dessa covardia que a mulher precisa se livrar. Os abrigos, ainda que em número distante do que é necessário se constituem no momento na mínima condição de libertar a mulher dos maus tratos.
Um segundo momento diz respeito ao agressor, que deve ser punido e mantido à distância de sua vítima. Caberá aos governos constituídos dar garantias e fazer os investimentos necessários no sentido de defender o gênero. Só assim se estará fazendo justiça e se assegurando a condição básica da mulher deixar de ser vítima. Afinal, a cada 15 segundos uma mulher é espancada, algo de sério precisa ser feito e com urgência, a sociedade não pode mais conviver com tanta injustiça, isso sem falar na igualdade de condição entre homem e mulher.