por Regiane Macuch*
A sociedade contemporânea está migrando do modelo industrial para um novo modelo denominado sociedade do conhecimento e da informação em rede.
Assim como na revolução industrial, este período, vem se caracterizando por transformações profundas em nosso estilo de vida, em nossa forma de trabalho e em nossas relações com as pessoas. A revolução industrial permitiu ao homem ampliar sua capacidade física, a revolução da informação permite ampliar sua capacidade mental.
Alguns autores denominam o momento atual de Era das Relações, podemos então compreender que o mundo e a vida nada mais são do que uma grande teia de relações e conexões.
No pensamento do novo paradigma, todos os conceitos e teorias estão conectados. Essa visão, nos leva a compreender o mundo como uma rede de relações, onde ocorre a mudança do conhecimento em blocos fixos e imutáveis para o conhecimento em rede.
A era das relações requer novos ambientes de aprendizagem onde a circulação das informações, a construção do conhecimento e o desenvolvimento da compreensão sejam os alicerces para o alcance da sabedoria e da evolução da consciência coletiva.
Uma educação para a era relacional pressupõe um novo momento na história, no sentido da evolução da humanidade que corrija os desequilíbrios, as desigualdades. Uma educação que favoreça a busca de alternativas para se viver e conviver melhor.
A tendência é que a demanda por conhecimento, qualificação, atualização e capacitação continue crescendo intensamente.
Apesar dos novos paradigmas, muitos ambientes educacionais disponíveis não apresentam uma concepção adequada para o processo ensino/aprendizagem, ainda disponibilizando uma metodologia de simples transmissão de informações.
Os ambientes educacionais necessitam ser interativos, com qualidade, de forma que possibilitem aos aprendizes uma participação ativa, que desperte a criatividade e apoie suas aprendizagens.
O ambiente com o qual o aluno interage é determinante em seu processo de aprendizagem. Neste sentido, o professor precisa ter bem claro qual o seu papel nesse ambiente, seja ele presencial ou a distância.
É de crucial importância que os professores se conscientizem a respeito da adequada utilização das novas tecnologias de comunicação e informação, além de estarem atentos às teorias que fundamentam seu trabalho e sua postura profissional.
As Instituições cada vez mais estão migrando do sistema monomodal, educação convencional, para o sistema duomodal, isto é, além de utilizar o processo presencial de sala de aula, incorporam a modalidade a distância suportada principalmente por tecnologias de comunicação e informação de última geração, buscando com isso, tanto um diferencial competitivo como um esforço para atender as novas demandas educacionais.
Nesse novo contexto, o professor precisa aprender a estabelecer e a manter contato à distância com seus alunos, além do contato presencial. Porém, as diferenças entre o contexto educacional presencial e à distância fazem com que o processo de transição de um meio para o outro não seja fácil para o professor.
A espontaneidade é o fator que vai possibilitar o livre trânsito do professor entre os contextos presencial e à distância.
Disponibilizar e garantir o acesso dos professores a essas novas tecnologias é fundamental para o processo educacional, sendo tarefa das instituições educacionais propiciar a formação desse profissional.
* Professora da Universidade Católica do Paraná