Ruth Handler criadora da boneca Barbie, que morreu em 2002 aos 85 anos, possuía muita habilidade com as estratégias de marketing e tornou bem conhecida uma parte de sua história. Como se criasse um mito, repetia como uma lenda, o fato de ter observado o prazer de sua filha, Barbara, em brincar com bonecas de papel de aspecto adulto, no início dos anos 50. Sua inspiração para lançar uma boneca de plástico que representasse uma moça bonita, e não um bebê, como era comum, teria origem nesse comportamento de sua filha.
Ruth enfrentou descrédito, quando apresentou o conceito da Barbie. Muitos, como seu marido Elliot, não acreditavam que mães fossem comprar “bonecas com seios” para as filhas. Estavam enganados. Quando Barbie completou 50 anos, em 2009, havia se tornado um símbolo, com um bilhão de unidades vendidas em mais de 140 países e com direito a um desfile em sua homenagem na Semana de Moda de Nova York.
Além do aspecto adulto, Ruth inovou ao dar à boneca uma vida completa, com casa, carro, namorado, um guarda roupa invejável e carreira. Mais de 100 tipos diferentes de carreiras. Ela interpretou centenas de personagens – a última é Bella Swan, a protagonista da série de histórias iniciadas com o livro Crepúsculo. Uma das inspirações para o mundo Barbie veio da Europa: era Lilli, uma personagem alemã de quadrinhos, esperta e sexualmente liberada, que virou boneca. Ruth comprou várias e as levou para os designers da Mattel. A empresa havia sido criada por ela, por Elliot e pelo sócio Harold Matson, o Matt, em 1945, para fabricar móveis para bonecas. Antes, o casal já havia criado duas empresas para negociar molduras, bijuterias e objetos decorativos.