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Em Gravataí o mando é das mulheres

março 16th, 2010

“Título de um antigo filme romano, Lá Matriarca, que no Brasil levou o nome de O Mando é das Mulheres”, hoje representa a realidade de uma das principais cidades da região metropolitana – Gravataí, que hoje tem quatro mulheres ocupando os mais altos postos dos poderes constituídos. A prefeito Rita Sanco, que é bem verdade se elegeu com os votos do deputado Daniel Bordignon, impedido que foi pela justiça eleitoral de concorrer ao cargo. Na Câmara de Vereadores é a Anabel Lorenzi que comanda o Legislativo, no judiciário é a juíza Evortiz Marques Fernandes. A mais recente posse se deu na OAB, na qual foi eleita como presidente a advogada Paula Barbosa Vargas.

Ela tomou posse no dia oito de março, no Dia Internacional da Mulher, e na ocasião elencou as suas metas para o biênio 2010/2012: “A valorização da classe, o combate ao aviltamento dos honorários, o fortalecimento das relações institucionais e a defesa das prerrogativas dos profissionais e de melhores condições de trabalho”, disse.

Na nova diretoria da subseção somente Paula Barbosa Vargas é mulher, sendo seus pares todos homens: Hercules Ramão Perrone (vice-presidente), Diego da Veiga Lima (secretário-geral), Stefano da Fonseca Barbosa (secretaria-geral adjunta) e Deivti Dimitrios Porto dos Santos (tesoureiro).

No Conselho Subseccional há equilíbrio entre os gêneros com três representantes cada um: Carlos Frederico Bazile da Silva, Silvana Brunetti Castilhos, Habia dos Santos Espíndola, Luis Fernando Ducatti, Maria Dorziria Gretes e José Carlos Ribeiro Garcia.

“O” feminal a um clic

março 9th, 2010

O feminal chega até sua tela para trazer informações do universo feminino priorizando o conteúdo afirmativo da luta feminista.

Neste contexto por que “O” feminal? Simples. Para subverter a ordem. É secular que a educação de homens e mulheres se faz pela teoria, seja qual for a área, pelo viés masculino. A sociedade patriarcal reproduz a ideologia masculina.

O mais estranho é que a mulher desde que se aventurou pelo espaço público ficou confinada a área de trabalho na educação das crianças e, eventualmente, saúde; apenas ampliou o trabalho que já realizava do espaço privado e reproduziu esta ideologia.

Hoje a mulher ocupa todas as instâncias profissionais, mas continua reproduzindo a ideologia masculina, por alienação, por desejo de poder, para ser aceita pela maioria, por ser careta, por não ser careta, por não ter consciência de sua identidade.

Atualmente, as mulheres são maioria nos cursos de educação superior, nos programas de pós-graduação; mas quanto mais estudam, mais reproduzem o mundo masculino. É contraditório, mas real.

Ao completar cem anos do Dia Internacional da Mulher ainda lutamos por condições de trabalho, por equidade e por igualdade de salários. Em relação à luta pela eliminação da violência contra a mulher não avançamos muito. Elas continuam sendo queimadas e violentadas pelos seus parceiros. Andamos em círculo.

 Ao reproduzir dois aforismos de pensadores importantes na formação intelectual das pessoas, que se dedicam ao aprofundamento do pensamento teórico, que talvez indiquem um caminho para romper com o círculo como o grande Jean-Jacques Rousseau “as mulheres não sabem correr; quando fogem é para serem alcançadas” e, Fréderic Nietzche, “a mulher não é feliz enquanto não se sentir propriedade de alguém” fica claro quanto ainda precisamos andar.

Evidentemente, estes pensamentos pinçados isoladamente não podem representar todo o pensamento destes homens, mas evidenciam comportamentos que permeiam todo o seu legado. A mulher é oral e o homem textual. A oralidade feminina passa de geração a geração mitificando os fatos, mas a textualidade masculina perpetua os fatos historicamente.

O Feminal vem na direção contrária. Cada vez que uma mulher pronunciar o nome deste espaço de conteúdo colaborativo lembrará: é preciso construir uma visão feminista deste pensamento, seja qual for, e emitirá textualmente de forma afirmativa.

Nada mudará de uma só vez, mas a utopia do “clic” poderá iniciar a construção de um pensamento feminino, como um legado às futuras gerações.      

Eloá Muniz

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Hollywood se rende à mulher com Oscar de melhor direção

março 9th, 2010

Depois de 82 anos, a Academia de Hollywood  concedeu o principal prêmio a mulher, rompendo assim com uma tradição quase que secular de somente dar o prêmio aos homens.

Com seis estatuetas, “Guerra ao Terror” foi o grande vencedor do Oscar 2010. O longa venceu as principais categorias da 82ª edição da maior festa do cinema mundial, realizada no Teatro Kodak, em Los Angeles, incluindo as de melhor filme e direção para Kathryn Bigelow, a primeira mulher a levar o prêmio.

 O longa sobre uma unidade antibombas do exército norte-americano no Iraque também levou as estatuetas de melhor roteiro original, montagem, som e edição de som. “Eu gostaria de dedicar isto às mulheres e aos homens no serviço militar que arriscam suas vidas diariamente no Iraque, Afeganistão e ao redor do mundo”, disse Bigelow.

Já o principal concorrente do filme, “Avatar”, acabou vencendo apenas em categorias técnicas. O blockbuster em 3D de James Cameron – ex-marido de Bigelow – foi premiado por efeitos visuais, fotografia e direção de arte.

As diferenças ainda são grandes, mas há luz no fim do túnel

março 9th, 2010

De acordo com estudo realizado pelo Fórum Econômico Mundial que analisou a igualdade entre homens e mulheres nas áreas de educação, política, saúde e trabalho ao redor do globo. No relatório de 2009, o Brasil está na octogésima primeira posição apresentando bom desempenho nas áreas de saúde e educação, mas aponta desigualdades no campo do trabalho e, principalmente, na política.

A idade média com que as brasileiras se casam é 23 anos; a taxa de fecundidade é de 1,83; a expectativa de vida é de 76,4 anos; conquistaram o direito ao voto em 1932; representam 53,3 da população economicamente ativa no país.

No Ranking da igualdade, a Islândia é a primeira colocada, seguida de Finlândia, Noruega , Suécia e Nova Zelância.

Já na ponta de baixo, os cinco países piores em termos de igualdade entre homens e mulheres são o Iêmen, logo após, Chade, Paquistão, Benin e Arábia Saudita.

Segunda maior ilha da Europa, a Islândia ostenta o título de país com maior igualdade entre os gêneros, de acordo com estudo realizado em 134 nações, em 2009.

O país festeja o – Dia dos Direitos das Mulheres – sempre em 19 de junho. Depois de festejarem também o Dia Internacional da Mulher em oito de março. Homens e mulheres têm os mesmos direitos civis e políticos. Leis garantem igualdade no mercado de trabalho e estabelecem que ambos recebam o mesmo pagamento pelos mesmos empregos e que não pode haver discriminação por questões de gênero. As mulheres islandesas preferem atuar nas áreas de educação e saúde, enquanto homens preferem computação e ciências. Existem uma campanha para garantir que todos os setores das empresas tenham pelo menos 40% de funcionárias. No parlamento 43% são mulheres.

No outro extremo temos a Arábia Saudita, detentora da maior reserva mundial de petróleo, sua principal fonte de renda. A lei islâmica é rigorosa e veta diferentes direitos às mulheres, como dirigir: a nação saudita está centésima trigésima posição na lista que ranqueia 134 países de acordo com a igualdade entre homens e mulheres.

Homens e mulheres são abertamente tratados de maneira diferente na Arábia Saudita. Existe o sistema guardião, em que toda mulher precisa de um representante masculino. Isso se você não tiver a proteção de um pai ou marido que a proteja. Entretanto, esse sistema é usado por alguns homens para abusar das mulheres sob seu controle, negando a elas educação, trabalho e viagens.

Garotas são separadas dos garotos nas escolas e nas universidades e se não professaras mulheres em determinada área, as estudantes têm permissão apenas para interagir cm um professor homem via circuito de TV – mas nunca podem vê-lo ou estar na mesma sela que ele.

No Paquistão há duas percepções básicas: que a mulheres são subordinadas aos homens e que a honra de um homem reside nas ações das mulheres de sua família. Para que não desonrem suas famílias, a sociedade limita a mobilidade das mulheres, permitindo apenas o contato com o sexo oposto.

As mulheres tradicionalmente vivem sob restrições, podendo ser vista apenas pela silhueta e a maioria delas passa a maior parte de suas vidas dentre de suas casas e só saem por graves razões e mediante a aprovação de seu marido.

A cada 15 segundos uma mulher é espancada no Brasil

março 9th, 2010

A manchete é aterradora e ao mesmo preocupante dado a gravidade da situação dramaticidade que caso encerra. Se de um lado existe a Lei Maria da Penha, ainda faltam meios de deter a fúria dos homens. As agressões se constituem num flagelo incontrolável com a legislação vigente, atenuada pela tênue abrangência da LMP. Falar do ato em si, nãos e constitui nada de novo, mas as conotações revelam o quanto ainda se faz necessário caminhar no sentido de erradicar este tipo de violência que é o espancamento de mulheres. Urge que a sociedade tome frente a esta situação e as instituições têm o dever de solucionar este tipo de delito, tão covarde, tão sem humanidade e sem nenhuma maneira de proporcionar um breque na ação criminosa.

Hoje existem abrigos para mulheres vítimas da ação de companheiros e ex-companheiros, que se arvoram de donos da mulher e, nessa pretensa condição usam e abusam do autoritarismo, do magismo e, até mesmo da sordidez, para se sobrepor a quem lhe é fisicamente inferior. E dessa covardia que a mulher precisa se livrar. Os abrigos, ainda que em número distante do que é necessário se constituem no momento na mínima condição de libertar a mulher dos maus tratos.

Um segundo momento diz respeito ao agressor, que deve ser punido e mantido à distância de sua vítima. Caberá aos governos constituídos dar garantias e fazer os investimentos necessários no sentido de defender o gênero. Só assim se estará fazendo justiça e se assegurando a condição básica da mulher deixar de ser vítima. Afinal, a cada 15 segundos uma mulher é espancada, algo de sério precisa ser feito e com urgência, a sociedade não pode mais conviver com tanta injustiça, isso sem falar na igualdade de condição entre homem e mulher.

Magreza sem controle entre as mulheres precisa de medidas severas de coibição mundial

março 6th, 2010

Essa é a opinião de Marco Antonio Tommaso, psicólogo clínico especializado em transtornos alimentares após a exibição de modelos excessivamente magras durante o SPFW 2010. Ele explicará como as pessoas podem controlar essa obsessão pela magreza excessiva, durante o evento Beleza Sustentável 2010, considerado de utilidade pública.

Fashionistas sentados na primeira fila de um desfile da SPFW 2010 ficaram espantados pelo fato das modelos estarem mais magras do que nunca. Segundo informações veiculadas na imprensa, os estilistas estão com dificuldades em montar seus “castings” e fazem ajustes de última hora e escolhem peças que escondam os ossos saltados das modelos. Além disso, elas andam com dificuldades e a massa corporal de algumas delas estão bem abaixo da média. Diante disso, o empresário Paulo Borges, diretor da São Paulo Fashion Week relatou que a organização do evento deve encaminhar um comunicado às maiores semanas de moda do mundo, entre editores e fotógrafos internacionais para alertar sobre a magreza atual das modelos.
Marco Antonio Tommaso, psicólogo Clínico especializado em transtornos alimentares, concorda com a atitude de Paulo Borges e ressalta também que precisam ser criadas medidas urgentes de coibição mundial para evitar essa busca descontrolada pela magreza. Campanhas educativas para evitar transtornos alimentares e incentivar o emagrecimento saudável com responsabilidade e descartar essa patologia cultural sobre a magreza é o caminho que autoridades no Brasil e no mundo têm que seguir. “Isso é necessário, pois, muitas mulheres se espelham em modelos nacionais e internacionais e buscam o emagrecimento de forma descontrolada e passam dos limites. Depois os resultados são os transtornos alimentares, bulimia, anorexia e muitas vezes o resultado é a morte”, explica Marco Antonio Tommaso.

Marco Antonio Tommaso será palestrante no Beleza Sustentável 2010, Primeiro Evento Mundial de Desenvolvimento Integral do Ser para a Sustentabilidade, que ocorrerá nos dias 10 e 11 de março, no HSBC Brasil, na capital Paulista.

Durante sua apresentação sobre Beleza Física, o especialista relatará como cada mulher pode trilhar um caminho e identificar sua beleza interna, aceitando-se fisicamente e principalmente valorizando o que ela tem de melhor sem cometer grandes absurdos, como por exemplo, adotar medidas de emagrecimento irresponsáveis que não elevam sua auto-estima, mas que acarretam diversos tipos de doenças como já conhecemos atualmente. Seguindo esse caminho, cada Ser pode manter um equilíbrio em todas as suas dimensões, pois, tudo está ligado. A sua auto-estima interfere como cada um age no trabalho e nas relações emocionais, na saúde e em outros aspectos, explica Marco Antonio Tommaso.

O evento Beleza Sustentável trará informações em relação aos cinco tipos de beleza existentes em cada pessoa: Mental, Emocional, Física, Espiritual e Financeira. Os 15 especialistas brasileiros que estarão presentes relatam que todo o conteúdo que será apresentado contribuirá para que cada um siga um caminho com melhor qualidade de vida a longo prazo com qualidade, desenvolvendo-se integralmente como Ser, conquistando resultados plenos e satisfatórios em todas as suas dimensões. Portanto, a missão do Beleza Sustentável 2010 é apresentar informações necessárias para que mulheres e homens possam trilhar um caminho satisfatório em direção à sua própria sustentabilidade, enfim se tornando um Ser Sustentável em todas as suas dimensões.

Além das palestras, o encontro trará apresentações em vídeos com depoimentos e informações de pessoas que conseguiram se destacar em suas áreas de atuação e são bem-sucedidas nas cinco dimensões, revelando suas experiências e conhecimento para o sucesso de suas realizações. O evento vai contar ainda com exposição de ONGs e empresas que contribuem para o desenvolvimento integral do Ser. O evento Beleza Sustentável 2010 é promovido pela Ambiente Global, com apoio institucional da Abracom, Editora Murano, Instituto Mais, Maxpress, São Paulo Convention Visitors Bureau, Majca Innovation & Sustainability, Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento, Bem Receber, SPTuris e Sustainable Business e reunirá mais de duas mil pessoas vindas de todo o País.

Anna Karina Spedanieri   releases@ambienteglobal.com.br 

Licença-maternidade aumenta prazo de folga da mãe

março 6th, 2010

Desde janeiro de 2010 está prorrogada pela Receita Federal a licença-maternidade de quatro para seis meses. Isso é válido para as empresas da iniciativa privada. Com isso, as trabalhadoras tenham acesso a um semestre de licença-maternidade; à empresa poderá aderir, pela internet, ao Programa Cidadã, da Receita Federal. A adesão não é obrigatória, mas oferece vantagens a quem decide participar. O valor gasto no pagamento adicional poderá ser descontado do Imposto de Renda devido. Os primeiros quatro meses de licença-maternidade são pagos pelo empregador, que é reembolsado pela Previdência Social.

O direito só é estendido à trabalhadoras de empresas que fazem opção pela declaração de Imposto de Renda pelo lucro real, o que exclui aquelas que pagam pelo chamado lucro presumido ou que são optantes do Simples federal.

O Banco do Brasil é um exemplo de organização que aderiu à licença-maternidade de seis meses antes mesmo da lei. Em vigor desde março de 2009, a medida de Governança Corporativa já beneficiou 1.200 funcionárias. O banco se antecipou em função de uma série de ações de responsabilidade social que realiza.

Além disso, no mesmo período em que foi incorporada a licença de seis meses, o Banco do Brasil estabeleceu a licença-maternidade, para funcionárias que adotam crianças com idade de até oito anos, sejam homens ou mulheres.

Funcionária feliz, empresa saudável, nisso se resume a questão. Uma funcionária do Banco do Brasil usufruiu o benefício da licença-maternidade de seis meses. Quando veio a notícia da gravidez, ainda em 2008, ela trabalhava no setor de Operações de Crédito. “Assim que tomei conhecimento, via comunicado interno, já manifestei interesse”, confirmou Rafaela Rech, a funcionária do banco estatal.

No período de sua gravidez, o setor no qual atuava foi transferido para Curitiba, no Paraná, e ela optou por continuar em Porto Alegre, migrando para a função de Assistente A no setor de atendimento da agência no bairro Floresta. Além da licença estendida em dois meses, ela tirou um mês de férias para cuidar de sua filha.

Com o todo o tempo da licença, a bancária pôde amamentar sua filha pelo período de seis meses – o mínimo recomendado pelos pediatras para o aleitamento materno. Ela pôde participar de momentos decisivos da primeira infância, como a introdução de novos alimentos na dieta de sua filha e adaptação à escola infantil.

Segundo a bancária, a equipe do BB revê compreensão da sua ausência, e a receptividade dos colegas permitiu que a licença-maternidade não representasse problemas em termos de substituição. Formada em Direito, especialista na área pública, ela cursa atualmente um MBA e acredito que priorizar a maternidade não significa descuidar da carreira profissional. “Estender a licença é muito importante para as mães, em função da saúde do bebê. No entanto, é muito bom voltar a trabalhar. Não se pode deixar a profissão de lado”, disse Rafaela.

De acordo com pesquisa nacional, mulher lê mais que o homem

março 6th, 2010

As mulheres lêem mais que os homens, diz a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil realizada em 2008. O estudo elaborado pelo Instituto Pró-Livre mostra que a população está acostumada a dedicar muito pouco ou quase nada – ou nenhum – tempo aos livros. Do total de leitores, 55% são do sexo feminino, público maior em quase todos os gêneros da literatura – os homens lêem mais apenas sobre história, política e ciências sociais.

Segundo a pesquisa, a Bíblia é o livro mais lido pela população brasileira – 43 milhões de pessoas já a leram, dos quais 45% afirmaram faze-lo com freqüência.

O segundo colocado é o livro “O Sítio do Pica-pau Amarelo, de Monteiro Lobato, apontado como o escritor mais lido no Brasil”.

A lista dos escritores mais lidos inclui ainda, pela ordem, além de Lobato, Paulo Coelho, Jorge Amada e Machado de Assis.

Um passo rumo à equidade

março 6th, 2010

Cada vez mais as mulheres se destacam em atividades até pouco tempo consideradas exclusivamente masculinas. Demonstrando que dito sexo frágil vem aumentando consideravelmente a amplitude de suas conquistas, em 2009 o Prêmio Nobel da Economia foi concedido pela primeira vez a uma mulher, a cientista política norte-americana Elinor Ostrom. Para pesquisadores interessados no estudo da participação da feminina na sociedade, o acontecimento teve o poder de indicar uma nova etapa na conquista da equidade entre os gêneros.
No entender da professora da Faculdade de Ciências Humana da Pucrs Ruth Inácio ainda persiste certa tendência a se considerar esse tipo de debate como “coisa de feminista”. “Acredito que esse prêmio vai dar visibilidade a uma discussão que, ou ela está encerrada em pequenos círculos acadêmicos, ou ela é considerada socialmente como secundária: qual a importância se é homem ou se é mulher?” Para ela, esse destaque no universo da ciência é altamente relevante, considerando as enormes dificuldades enfrentadas, ainda hoje, pelas mulheres nas atividades acadêmicas. “Quando a tua vida foi restrita a uma limitação cognitiva no âmbito científico, onde os teus papéis todos, que são múltiplos, te sugam a vida e te impedem uma dedicação mais significativa para o mundo acadêmico, quando isso ocorre as pessoas ainda acham que isso é secundário”, analisa.
O professor do IPA, Attico Chassot, ressalta que outros prêmios Nobel já haviam sido concedidos a mulheres, embora em número bastante inferior ao de homens. Além disso, a maioria dividiu o prêmio com outro cientista de sexo masculino (situação ocorrida também com Elinor, que premiada junto com o norte-americano Oliver Williamson).
Ele lembra que a ausência de nomes femininos na lista dos laureados com o prêmio da Economia chamava a atenção há alguns anos. “Essa coisa de olhar mais para o lar, de saber fazer as compras, criava a expectativa de que a gente pudesse ter uma mulher no Prêmio Nobel da Economia, afinal de contas o fazer delas talvez estivesse mais próximo daquilo que a gente por uma economia ligada às coisas do mundo presente”, considera. “A gente até dizia, a título de brincadeira, que a economia estava tão mal porque nunca houve prêmio para nenhuma mulher”, finalizou Chassot.
Emissão de títulos – Muito embora o administrador Luiz Fernando Garcia, especialista em manejo comportamental, empreendedorismo e negócios, diga que empresas comandadas por mulheres costumam ter crescimento mais lento, não por incompetência, mas por maior responsabilidade, os homens são mais focados em resultados, da mesma forma, mulheres tendem a se arriscar menos, comparou ele.
Para a professora Ruth, o Nobel inovou não apenas pela escolha de Elinor, mas também pelo tema dos seus estudos, que demonstraram como propriedades comuns podem ser administradas com sucesso por associações de usuários. “O trabalho premiado de Elinor se destaca como um tema que aborda os incentivos necessários aos indivíduos para um só socialmente equilibrado dos recursos. Aspectos esses que são mais usuais na psique feminina” analisa Garcia. Percebendo as mudanças em curso na sociedade, o administrador constata que as mulheres estão mais preparadas para o futuro. “As palavras-chave do novo modelo são: integrativo, intuitivo, síntese, holístico, não linear. E estes são peculiares ao feminino”.
Buscando razões para a postura de submissão da mulher diante da sociedade e , mais especificamente, no âmbito da ciência, os professores Ruth Inácio e Attico Chassot voltam seus olhares de pesquisadores para as origens da civilização. Na história da humanidade, Ruth percebe que, culturalmente, a mulher sempre esteve restrita ao universo privado, do lar, onde o desenvolvimento da intelectualidade não seria valorizado. “No paleolítico superior, quando os seres humanos se sedentarizam e dividem as tarefas, a mulher fica com as tarefas do universo privado e o homem com o universo público”, ressalta. Entretanto, diz a professora, naquele período as tarefas ainda eram complementares, por serem ambas essenciais à sobrevivência do grupo. “Complicado é quando se estabelece uma hierarquia, porque ninguém superior a ninguém. Nós somos maravilhosamente diferentes”, enfatiza.
Fonte: JC Mulher (20/11/09)

Pele negra exige cuidados diferenciados durante o verão

março 6th, 2010

Pessoas de pele negra têm algumas vantagens em relação as pessoas de pele mais clara na hora de se exporem ao sol. Tudo porque a pele é mais firme e possui maior atividade dos melacinótipos, que funcionam como um protetor solar natural, aumentando a resistência cutânea, principalmente contra o câncer de pele.
Mesmo com tantos benefícios o fato não é desculpa para descuidar da proteção solar, alerta o dermatologista Valter Claudino, do Hospital e Maternidade Beneficência Portuguesa de Santo André que lembra que os cuidados devem ser os mesmos das pessoas de pele clara, em relação a exposição solar, estar atento aos horários de pico, usar bonés e protetor solar com fator 20, no mínimo.
Durante o verão também são importantes alguns cuidados como evitar substâncias gordurosas e ácidas, produtos a base de álcool, peelings, laser ou qualquer procedimento traumático, levando em conta sempre o tipo de cicatrização.
Segundo o dermatologista, nesta época, por ser mais oleosa, a pele negra pode ter um aumento no aparecimento de cravos e espinhas. “O mais importante é evitar espremer a região já que durante a cicatrização, pode ocorrer um derrame de pigmento que resultará em manchas escuras. A pele deve ser limpa, hidratada e protegida a base de protetor solar diariamente, evitando a formação de manchas”, observa Claudino.
É preciso estar atento ao aparecimento de manchas, além de seus aspectos como a coloração, caso ela seja branca é sinal de desidratação, sendo importante reforçar a hidratação, com aplicação de cremes após o banho, evitar água quente, banhos demorados com sabonetes esfoliantes e sol em excesso sem proteção.
Caso a mancha seja escura, vale usar filtro solar com um fator de proteção maior que 30, diretamente nas manchas, além de cremes clareadores a noite.
“Sem proteção a pele negra mancha facilmente, perde o brilho e torna-se opaca. Os cuidados precisam ser redobrados por conta da exposição ao sol, prevenindo-se também o aumento de cravos e espinhas”, explica o especialista.
A limpeza da pele deve ser feita corretamente pela manhã e a noite, o que evitará a dilatação dos poros. Lavar o rosto com um sabonete de acordo com o tipo de pele, usar uma loção adstringente e passar filtro solar próprio antes de sair de casa, ajudam a diminuir a oleosidade do rosto. A noite após a limpeza é recomendado utilizar um creme com vitamina C ou hidroxiácidos. No corpo um hidratante lubrificante, com óleo de avelã, uva ou macadâmia é o suficiente. Antes de utilizar alguns produtos o ideal é um especialista seja consultado para melhor avaliar o tipo de pele.
A pele negra possui algumas substâncias mais abundantes como é o caso da melanina e do colágeno, o que facilita a hiperpigmentação e a formação de quelóides,, portanto é preciso cuidado redobrado na hora de fazer tratamentos estéticos. Os peelings e lasers se não forem bem aplicados, podem prejudicar a pele, que passará por um processo inflamatório intenso e perderá água rapidamente. Para esse tipo de pele existem tratamentos mais suaves e superficiais que agridem menos a pele.
Para exibir uma pele saudável e bem tratada, vale abusar da água, beber pelo menos 2 litros por dia, tomar banhos rápidos e de preferência não muito quentes, optar pelo uso de sabonetes hidratantes e evitar o uso de esponja. Aplicar um creme ou loção indicada para peles negras, também é uma boa pedida. A hidratação desses produtos é mais intensa do que os óleos após o banho, já que a pele úmida os absorve melhor. Esfoliar a pele uma vez por semana também é recomendável, pois favorece a penetração do creme.
Por Luciana Ponteli (mprossi@uol.com.br)