Indicadores apresentados pela ABTA revelam que classe C já representa um terço da base de assinantes
Nathalie Ursini
O crescimento da classe C no Brasil, mais uma vez, alavancou os números de assinantes da TV paga no país. “Hoje, a classe C já representa 30% da base de assinantes”, afirma Alexandre Annenberg, presidente da Associação Brasileira de TV por Assinatura (ABTA). Segundo pesquisa apresentada nesta quarta-feira, 1º, a base de assinantes de TV paga teve um aumento de 30,45% no último ano, e está presente em mais de 12,7% dos domicílios brasileiros, o que equivale a aproximadamente 42 milhões de telespectadores. Para Annenberg, a TV paga é um objeto de desejo de grande parte da população e desse novo contingente de consumo.
Como consequência, afirma Annenberg, “o mercado descobriu a TV por assinatura como uma mídia interessante de investimento”, declarou, associando o crescimento investimento publicitário ao aumento do número de assinantes.
O Projeto Inter-Meios aponta que, entre janeiro e outubro de 2011, a TV por assinatura teve o segundo maior crescimento no volume total dos investimentos de publicidade (17,47%), atrás apenas da internet com 22,23%.
Outro dado apresentado como forte atrativo para o mercado anunciante é o poder de segmentação, que permite maior flexibilidade na customização de campanhas. “A TV aberta é a grande massa e ainda é muito forte, mas temos ganhado mais espaço a cada dia, principalmente com os anunciantes na questão de produção de conteúdo. Indo além dos tradicionais comerciais de 30 segundos, temos uma grande agilidade de responder aos anseios dos anunciantes e agências”, explica Rafael Davini, vice-presidente de vendas e marketing da Turner Broadcasting na América Latina.
Fred Müller, executivo comercial da Globosat, alerta para não só o crescimento da publicidade mas a entrada de outros anunciantes na TV paga. “Hoje, a TV fechada é composta principalmente pelos setores automobilístico, telecomunicação e financeiro. Mas já vemos um grande movimento de marcas de higiene pessoal e de campanha de varejo, que ainda são a grande fonte da TV aberta”, conta.
As estimativas da Anatel e do Banco Fator é que até 2015 o mercado de TV por assinatura deva ultrapassar os 20,2 milhões de domicílios, atingindo mais de 66 milhões de telespectadores no Brasil. Para Annenberg, a construção de redes de TV a cabo é de importânte para que seja possível integrar todas as plataformas.
Fonte: Meio & Mensagem